As romarias no Santuário do Bom Jesus da Lapa têm entre suas principais características a alegria, a manifestação da religiosidade popular, o cumprimento de promessas e uma fé que move milhares pessoas a percorrerem vários quilômetros para pedir, celebrar e agradecer.
Faltando dois dias para a celebração festiva em honra à Nossa Senhora da Soledade, o número de fiéis só aumenta. Durante toda a terça-feira (13), a movimentação ao redor e dentro das grutas foi intensa e diversos Coordenadores de Romaria participaram da reunião com a equipe do Santuário. A maioria retorna após dois anos de saudade e permanece até o encerramento da festividade.
Entre os romeiros que vêm matar a saudade, estão inclusive, os sacerdotes. Padre Valdeci Pereira, por exemplo, é romeiro de Minas Gerais. Natural de Janaúba, hoje ele é pároco em Mato Verde-MG e veio junto com paroquianos celebrar os 70 anos de retorno da devoção à Nossa Senhora da Soledade e a alegria de ser romeiro na Lapa.
“Celebrar os 70 anos da devoção à Nossa Senhora é uma forma de demonstrar gratidão, pois foi ela que deu para nós seu Filho Jesus para nossa salvação. Vir a Lapa do Bom Jesus é uma maneira de resgatar a cultura do nosso povo do sertão mineiro e renovar a nossa fé, a nossa esperança. Falta água, falta chuva, mas não falta a alegria de um povo que tudo aquilo que faz, faz em nome de Deus,” afirma.
A penúltima noite do Setenário teve como subtema a sexta dor de Nossa Senhora, quando ela recebe o filho morto e descido da cruz em seus braços. A proclamação do Evangelho de São João que narra este momento de dor, foi encenada pelo Grupo Teatral do Santuário.
Logo após o encerramento da celebração, os romeiros participaram de um momento musical com canções que fazem parte da tradição das romarias.
Já nesta quarta-feira (14), último dia de preparativos, além das celebrações ao longo do dia na Igreja de Pedra e Luz e da contemplação da sétima dor de Maria, acontecerá um show musical com o Padre Alessandro Campos no Cruzeiro de Santa Luzia, em Bom Jesus da Lapa.