A virgem protetora dos olhos, padroeira dos oftalmologistas e intercessora de milhares de fiéis pelo Brasil e mundo afora. Nascida em Siracusa, atual território italiano, Santa Luzia ou Santa Lúcia, foi martirizada no ano de 304 e só em Roma chegou a ter mais de 20 templos dedicados à sua devoção.
No Santuário do Bom Jesus da Lapa, uma gruta é dedicada à Santa e atrai a atenção dos visitantes, não apenas pela beleza das rochas, mas pela força da festividade popular, celebrada todos os anos em 13 de dezembro.
Neste ano, a festa de Santa Luzia ganha um detalhe muito especial: A presença de um fragmento do crânio da Virgem, uma relíquia de primeiro grau trazida pelo antigo vigário, o espanhol Monsenhor Turíbio Vilanova. Após a celebração em honra a ela, a bênção é concedida com a relíquia.
Segundo diz o Código de Direito Canônico da Igreja Católica, as relíquias podem ser veneradas pelos devotos.
A preparação para a festa termina nesta segunda-feira (12), com o último dia do tríduo. A Santa Missa Festiva acontece às 19h desta terça-feira, com procissão pelas ruas do Centro da Cidade, em seguida.
Assim, a Igreja de Pedra e Luz propaga a história da jovem de família cristã, que consagrou sua virgindade a Deus ao pedir pela cura da mãe enferma. Santa Luzia foi submetida a diversas torturas para que negasse a fé e pureza, mas resistiu bravamente, fiel até o fim. A tradição que a designa como protetora dos olhos traz duas versões: uma diz que seu pretendente, um homem da corte, a (o qual a denunciou ao império romano e por isso começara sua perseguição por crer em Cristo) ficou deslumbrado com seus olhos e ela os teria arrancado e entregue a ele, no entanto, ganhou novos olhos ainda mais belos. A outra versão diz que eles foram arrancados pelos soldados e da mesma forma outros olhos aparecem, milagrosamente.
O testemunho de fé, entrega, doação pelos mais pobres e os milagres intercedidos fazem com que os devotos da Santa só aumentem com o passar dos anos. Com o corpo incendiado, degolada por uma espada, ela repetiu até a morte e hoje nos chama a dizer, também: “Adoro a um só Deus verdadeiro, a quem prometi amor e fidelidade.”