Nesta quarta-feira (25), a Igreja celebra a festa de Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, o primeiro brasileiro. A data não marca a morte de Frei Galvão, mas sim a beatificação, que aconteceu em 2077, durante a visita apostólica do Papa Bento XVI.
O santo nasceu em 10 de maio de 1739, onde hoje é a atual cidade de Guaratinguetá-SP, na qual está o Santuário a ele dedicado. Com uma vida marcada pelo zelo pela casa de Deus, boa parte dela foi gasta na construção do Mosteiro da Luz, que na época tinha o nome de Recolhimento de Santa Teresa. Devido a isso, Frei Galvão, padre Franciscano, recebeu o título de patrono da Construção Civil no Brasil.
Milagres
Os primeiros milagres de Santo Antônio de Sant’Anna Galvão aconteceram ainda em vida. Segundo registros biográficos, há relatos de bilocação, confissão de moribundos, profecias e curas.
Em 1998, no processo de beatificação, foram reconhecidos mais de 30 mil milagres. Entre eles o da menina Daniela, ocorrido no ano de 1990. Aos quatro anos, ela foi acometida com Hepatite Aguda tipo A, e diversas complicações. A família, então, recorreu ao Frei Galvão e às suas pílulas. Logo em seguida, a garota ficou completamente curada, com depoimento do próprio médico que a assistia, de que se tratava de um milagre.
Assim, o então Papa São João Paulo II o elevou à honra dos altares, tornando-se beato, em 25 de outubro de 1998.
História das Pílulas
Segundo os registros, um homem estava desesperado por ver a esposa em um difícil trabalho de parto, com risco de vida, e assim foi até o Frei Galvão, pedindo-lhe ajuda. Ele, devoto da Imaculada Conceição, pegou um papel comestível e escreveu: Pos partum Virgo, Inviolata permansisti: Dei Genitrix intercede pro nobis (Depois do parto, ó Virgem, permaneceste intacta: Mãe de Deus, intercedei por nós), um trecho do Ofício da Imaculada, e enrolando-o em formato de pílula, o entregou para que levasse até a gestante. Assim, após ingerir o santo remédio, a mulher conseguiu se recuperar e ter um bom parto.
A canonização
Santo Antônio Galvão foi canonizado em 2007, durante a visita apostólica do Papa Bento XVI, tornando-se o primeiro santo nascido e criado no Brasil. A canonização aconteceu em 11 de dezembro daquele ano, mas o milagre que a resultou ocorreu em 1999.
Uma mulher, chamada Sandra, que já havia sofrido dois abortos espontãneos e desejava muito ser mãe, recorreu às pílulas do santo, na terceira gestação. Ela tinha um útero que não suportava a gravidez, mas com a ingestão das pílulas, tudo aconteceu tranquilamente até o parto de 32 semanas.
A criança, que recebeu o nome de Enzzo, nasceu com problemas respiratórios, mas após a família recorrer mais uma vez ao santo de Guaratinguetá, logo melhorou.
Sandra e o filho participaram da Santa Missa da canonização, celebrada em São Paulo, pelo Papa.
Oração a Santo Antônio de Sant’Anna Galvão
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
“Deus, nosso Pai, que por Vosso amor imenso nos deste Frei Galvão e, por meio dele, realizastes obras admiráveis, nós Vos agradecemos por tão grande presente.
Obrigado, Senhor, pela sua vida, pela sua obra grandiosa, por lembrar-se de nós por meio de Vosso servo e nosso irmão Frei Galvão.
Que nossa vida seja palavra e sinal do Vosso Reino.
Ajuda-nos a crescer em sabedoria, idade e graça, a crescer, cada vez mais, na vivência concreta e histórica do amor fraterno, partilhando o que somos e o que temos, de modo especial com os mais necessitados.
Fazei-nos instrumentos de vosso amor: onde houver pobres, marginalizados e necessitados, que levemos, como Frei Galvão, o pão da presença amiga e solidária, que se traduz em gestos concretos de solidariedade e promoção à vida.
Senhor, dai-nos acolher, com o coração alegre, todos os irmãos que passam pela nossa vida, buscando paz, alegria, palavra de conforto e presença amiga.
Despertai-nos para o amor e para a devoção a Vossa Mãe Santíssima, ajudai-nos a venerá-la sempre como Imaculada a proclamá-la santa com nossa palavra, e principalmente com a nossa vida.
Fazei que sejamos sempre seus filhos, e que a ela recorramos sempre, agora e na hora da nossa morte.
Senhor, que derramastes Vosso Espírito Santo em Frei Galvão, e por meio dele operastes maravilhas, derramai sobre nós Vosso Espírito, reacendendo em nós o fogo do amor, do ardor missionário.
Aumentai nossa fé!
Fazei que nos coloquemos diante de Vós como Vossos fiéis servidores, obedientes à Vossa Palavra.
Peço-Vos, por tudo que fez e sofreu o Vosso servo Frei Antônio de Sant’Anna Galvão, que aumenteis em mim a fé, a esperança e a caridade, e Vos digneis conceder-me a graça que ardentemente almejo.
Amém.”